quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

O livro é notícia no jornal Debate - Semana de 25/12/2010 a 02/01/2011

 Semana de 25/12/2010 a 02/01/2011


Educadora lança livro com história de negra de 110 anos
EDUCAÇÃO — Noriko Kawabata quis trabalhar personagem comum e fugir do tradicional Zumbi; livro fala de dona Geraldina como parteira e benzedeira

Ao trabalhar a cultura africana, a educadora Noriko Izumi Kawabata, do Centro Educacional do bairro Nagib Queiroz, percebeu que não existem heróis e personagens importantes negros na literatura infantil. Então, resolveu escrever um livro. Mas ela não queria um personagem como Zumbi. Queria alguém comum. Foi quando conheceu Geraldina Narciso, de 110 anos.
A história de “Baiana”, como é conhecida, empolgou Noriko. “Esta heroína não participou de nenhuma guerra, mas viveu uma grande história”, disse. Noriko explicou que quando surgiu a ideia de fazer um livro relacionado à cultura africana já pensava em encontrar uma pessoa anônima. “O objetivo era mostrar que a pessoa comum, levando uma vida honesta, com trabalho e a família, pode ter um destaque”, argumenta.
Noriko lamentou que muitos negros perderam sua identidade. Ela relatou que, em um trabalho na escola, pediu que os alunos desenhassem a si mesmos. “A maioria se desenhou com cabelo liso e pele clara, mesmo os negros”, conta. A educadora lembrou que para realizar um trabalho de resgate de auto-estima é preciso ter modelos.
“São poucas as ocasiões em que um negro é apresentado como personagem principal. As crianças não têm uma referência porque só veem na televisão o estereótipo do cabelo liso, pele branca, muito magro. O obeso, o oriental e o negro saem do padrão. Isso numa criança e adolescente é muito grave”, aponta.
Outro fator que incentivou Noriko a escrever o livro foi uma pesquisa feita entre os professores. “Perguntamos qual o personagem negro que lembravam da época escolar. A maioria respondeu Saci-Pererê e Negrinho do Pastoreiro. Um só faz arte e o outro apanhou até morrer”, lembra.
O livro foi impresso pela editora Viena e editado pela Canal 6. Noriko contou com a colaboração de Antiella Carrijjo Ramos e Cristiane Biazoti. As ilustrações ficaram a cargo de João Catelhano. A Acogelc (Associação Companhia de Ginga, Esporte, Lazer e Cultura) foi quem bancou a ideia. O retorno financeiro deve vir com a venda dos livros.
“Nossa intenção é que o livro seja aplicado com crianças e adolescentes. Esperamos que haja interesse da secretaria da Educação em adquirir. Queremos que esta história surta efeito nos jovens”, afirmou a escritora.
Geraldina utilizou os conhecimentos da mãe (ex-escrava) e atuou como benzedera e parteira. “São profissões que hoje não existem mais. Com esses papeis, ela foi uma líder comunitária. É isso que queríamos mostrar, que a história de uma pessoa anônima também tem voz”, afirmou.
Ilustrações — O artista plástico santa-cruzense João Catelhano foi convocado para fazer os desenhos do livro. Ele conta que concluiu os desenhos em 15 dias. Para colorir, demorou mais dois meses. Castelhano buscou inspiração no texto de Noriko e nas histórias que ouviu de Geraldina para criar as ilustrações.

Leia mais:

fonte: jornal DEBATE, retirado do site:  http://www2.uol.com.br/debate/1551/cidade/cidade27.htm ,  acessado dia 21-01-2011

outra midia de Santa Cruz divulga o Livro: Santa Cruz na TV 












terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Mesmo na escravidão os laços afetivos permaneciam fortes.

Nesta passagem do livro podemos constatar que, mesmo sofrendo as mazelas da escravidão e depois da pobreza, a Geraldina manteve firme os laços afetivos e dá um belo exemplo de solidariedade e nobreza de caráter no que se refere à mãe.
“ Era triste! O cativo não tinha direto a nada, quando o capitão do mato pegava a laço , era prá matá e matava no pau e chicote. Minha mãe, Maria da Glória, sofreu dimais, por isso, quando eu era inda criança, nunca reclamei de trabalhá, pois  queria que ela fosse poupada”.
Estes valores podem e devem ser cultivados pelos professores e pais em todo momento, principalmente utilizando exemplos.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

D. Geraldina, benzedeira e parteira

         


         Mesmo na sua simplicidade, esta senhora utilizando seus conhcimento sobre medicina popular que adquiriu  como herança de sua mãe Maria da Glória, ex escrava em Minas Gerais auxiliou muitas pessoas pobres de sua comunidade sendo parteira e benzedeira.
        O seu conhecimento como parteira teve o reconhecimento até de médicos da época , inclusive o famoso Dr. Pedro Cesar Sampaio, que diversas vezes a elogiou. ( ela nos relatou o fato na noite do lançamento).
      Muitas pessoas também reconhecem que quando precisaram levar suas crianças para "benzer" sempre receberam: carinho e dedicação.
" Enquanto alguém manter o registro e lembrar os seus feitos, este alguém nunca cairá no esquecimento, pois a saudade e a lembrança são arquivos que nunca poderão ser apagados completamente"
                                                                       John ( ilustrador) e Noriko ( escritora)






quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Trecho do prefácio.

 

 
"... que na sua simplicidade soube conviver e viver, apesar de todos os sofrimentos e lutas, sem perder seu lindo sorriso e o brilho de VIDA em seu olhar"

A proposta do livro.


D. GERALDINA, BAIANA: EXEMPLO DE LUTA, ESPERANÇA E FÉ.


A proposta é apresentar uma personagem real, que vivenciou muitas fases históricas do nosso país,  pois a mãe ( Maria da Glória) foi escrava na sua infância e a Geraldina passou por todas as mudanças da sociedade brasileira e hoje bastante idosa, ainda tem a força e a alegria presentes na sua fala e atitudes.
As políticas públicas parecem pretender avançar neste campo da leitura e da literatura por meio da distribuição de livros. Cabe intensificar ações mais comprometidas com o enfrentamento do desafio que é trazer para a sala de aula o universo cultural  e afro-brasileiro.
Mostrar o exemplo da fibra, coragem, trabalho e solidariedade de D. Geraldina, como um referencial para as novas gerações, permitindo uma reflexão a respeito do papel da mulher na sociedade, bem como o fato de que o trabalho do negro contribuiu de forma bastante forte para o fortalecimento econômico do país. Assim sendo, um motivo de orgulho para as gerações de afro descendentes, que conhecendo suas origens reforçam sua identidade e para os não descendentes ampliam sua cultura a respeito do tema.
Pretende-se também mostrar sua importância em  sua comunidade, utilizando seus conhecimentos a cerca da medicina popular sendo benzedeira, e também como parteira auxiliando as mulheres no parto, tornando-se assim uma figura de liderança, de união e respeito.
Possiblitar também um trabalho sobre a história e a geografia do município de Santa Cruz do Rio Pardo, especialmente o surgimento e desenvolvimento da “Vila Divinéia”.
Mostar que mesmo as pessoas anônimas e humildes têm uma grande história pessoal, desde que se dê uma oportunidade de expressão de seus pensamentos e experiências.
Valorizar alguns valores éticos, tais como: companheirismo, solidariedade, humildade, trabalho e responsabilidade.
Pretende-se também fomentar discussões sobre o papel do negro na sociedade atual, fazendo uma contextualização entre o negro na época da escravidão e hoje “livre”, com poucas oportunidades de ascensão ecônomica e social. ( discussão a respeito do preconceito e da discriminação).

                                       Noriko , Marcelo, John, Antiella e Cristiane

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

LANÇAMENTO DO LIVRO, DIA 19/11/2010

 A autora Noriko Izumi Kawabata com a homenageada: D. Geraldina.

LIVRO D. GERALDINA, Baiana; Exemplo de Luta, Esperança e Fé.


A intenção da Acogelc e da equipe envolvida foi oferecer às crianças e adolescentes a oportunidade de conhecer esta heroína que viveu uma grande história e venceu a batalha contra o preconceito e a discriminação com trabalho, honestidade, irreverência e alegria. Hoje completamente lúcida  possivelmente com 110 anos.

Interessados em adquirir o livro, entre em contato conosco no email : livrogeraldina@gmail.com