Para ilustrar mais a homenagem a D. Geraldina foi composta um samba com o nome de Samba da Geraldina pela Profª Noriko e Profª Cida , arranjo de Wesley Paixão e interpretação de Beatriz. O lançamento foi no dia 13/08/2011, evento no Palácio de Cultura, onde ela recebeu o titulo de cidadã santacruzense concedido pela Câmara dos Vereadores do Município.
Livro: D. Geraldina
terça-feira, 23 de agosto de 2011
HOMENAGEM: D. Geraldina Cidadã Santa-cruzense
Geraldina Glória, 110, cidadã santa-cruzense
HOMENAGEM — Moradora que tem 110 anos de idade recebeu o título de “cidadã santa-cruzense” em emocionante solenidade no Palácio da Cultura
EMOÇÃO — Título de cidadã foi entregue em sessão solene realizada anteontem no Palácio da Cultura
Filha de escravos e, segundo a família, com 110 anos de idade, a aposentada Geraldina Maria da Glória Santos recebeu na manhã do feriado de sexta-feira, 13, o título de “cidadã santa-cruzense” outorgado pela Câmara de vereadores. A sessão solene foi realizada no Palácio da Cultura “Umberto Magnani Netto”, com a presença de vereadores, prefeita, demais autoridades e familiares da homenageada, conhecida como “Geraldina Baiana”.
O título foi concedido graças a uma lei do vereador José Paula da Silva (PR), aprovada por todos os vereadores no mês passado. O vereador pediu que a homenagem fosse entregue no Dia Municipal da Consciência Negra, comemorado a 13 de maio.
José Paula saudou a nova cidadã santa-cruzense, assim como a prefeita Maura Macieirinha (PSDB) destacou a importância dos negros na formação da sociedade de Santa Cruz do Rio Pardo. O vereador fez a entrega do título de cidadã a Geraldina.
A professora Nilda Caricati, diretora do Asilo São Vicente de Paula de Santa Cruz, agradeceu em nome da família e entregou flores a Geraldina Glória
O vereador Roberto Mariano Marsola (PTB), presidente da Câmara, aproveitou o Dia Municipal da Consciência Negra para destacar que no legislativo há três afrodescendentes: os vereadores Souza Neto, José Paula da Silva e Antônio Ferreira de Jesus.
O discurso mais demorado foi o do advogado José Eduardo Catalano, que enumerou as qualidades da homenageada e lembrou a luta contínua pelos direitos humanos e contra a discriminação racial. “Receber um título de cidadania é o mais alto reconhecimento que uma cidade pode oferecer a uma pessoa que, tendo nascido em outra localidade, passa a ser considerada filha da terra”, afirmou.
Marsola abraça Geraldina Glória
Aproveitando a data municipal, Catalano citou dezenas de negros que se destacaram no Brasil em todos os setores da sociedade, desde esportes até o cinema. De Santa Cruz, ele lembrou nomes que já fazem parte da história da cidade, desde figuras populares a símbolos do comércio e profissionais liberais. Entre eles Catalano citou Arlindo Gonçalves, primeiro locutor negro da história do rádio em Santa Cruz do Rio Pardo.
110 anos — Geraldina Maria da Glória Santos, embora conhecida como “Baiana”, nasceu em Rio Preto, Minas Gerais. Entretanto, como era comum naquela época, só foi registrada aos 15 anos. Filha de pais escravos, só viu a mãe ganhar liberdade na decretação da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888. Muitos parentes, porém, fugiram dos feitores das fazendas para se refugiar em quilombos.
Geraldina casou-se com Pedro Narciso, conhecido como “Pedro Maia” por ser campeão de malha. Veio de trem para Santa Cruz do Rio Pardo, onde o casal foi trabalhar na zona rural.
Geraldina teve 14 filhos, dos quais apenas 6 estão vivos. Ao longo da vida, ganhou fama de “benzedeira” e aprendeu noções de medicina popular. Foi, ainda, parteira e ajudou no desenvolvimento da vila Divineia, antigamente chamada de “Taturana”. A anciã contradiz os ensinamentos da boa alimentação, pois, aos 110 anos, gosta de carne gorda, fuma cachimbo e não dispensa uma cerveja.
Geraldina é a personagem do livro lançado pela professora Noriko Kawabata no final do ano passado, com ilustrações de João Castelhano. Na época, Kawabata afirmou que não queria escrever sobre algum personagem como zumbi, mas alguém do povo. “O objetivo era mostrar que a pessoa comum, levando uma vida honesta, pode ter um destaque”, disse na época a professora Noriko, que participou da solenidade de sexta-feira, 13, no Palácio da Cultura.
Fonte: DEBATE 15/05/2011
quinta-feira, 17 de março de 2011
Incentivo à cultura pela SME.
É com um grande prazer que a nossa equipe agradece à Secretaria Municipal de Educação, na pessoa da Sra. Renata Bozzo Vieira, a aquisição de 300 exemplares do livro: D. Geraldina, baiana ;exemplo de luta,esperança e fé, para serem distribuidos nas escolas, creches e núcleos. Esta obra foi idealizada para as crianças e adolescentes com um propósito muito claro que é: trabalhar o preconceito quanto a etnia e aos idosos, bem como proporcionar personagem positivo real e comum ( fugindo dos modelos padronizados dos hérois, príncipes e princesas).
Contamos que professoras possam aderir a proposta e juntamente com a equipe possamos fazer diferentes projetos sobre o livro. ( profª Noriko Izumi Kawabat)
Contamos que professoras possam aderir a proposta e juntamente com a equipe possamos fazer diferentes projetos sobre o livro. ( profª Noriko Izumi Kawabat)
"Deus deve ter permitido a sua longevidade para que sua lição de vida possa ser transmitida às futuras gerações, para que a VIDA de muitos possa ser influenciada positivamente por D. GERALDINA, que na sua simplicidade soube conviver e viver, apesar de todos os sofrimentos e lutas, sem perder seu lindo sorriso e o brilho da VIDA em seu olhar."
( trecho do Prefácio)
Homenagem
Quero escrever sobre o trabalho da educadora Professora Noriko Izumi Kawabata — filha do imigrante japonês Shigehiko Izumi, que chegou ao Brasil em 1930 —, diretora do Núcleo “Prof. Wilson Gonçalves”. Dedicada sempre, tem como ponto forte a valorização da “Cultura Afro”. Junto com o professor Marcelo Furtado, tiveram a ideia de lançar um livro sobre tal assunto, destinado às escolas estaduais e municipais.
Professora Noriko, então, homenageia D. Geraldina Maria da Gloria, de 111 anos, filha de ex-escravos, nascida em Rio Preto-MG, ainda viva e uma das moradoras mais antigas de nossa cidade — que já foi matéria do DEBATE em varias edições, através da competente repórter Thais Balielo.
Geraldina chegou a conhecer o coronel Tonico Lista. Sendo parteira, conheceu o Dr. Pedro Cesar Sampaio, de quem era amiga. Feito o esboço do livro pela professora Kawabata, ainda era preciso um ilustrador para a obra. Na época, eu estava fazendo minha exposição no espaço “Acácio Gonçalves”, até que o professor Furtado, vendo minhas pinturas, me chamou para este trabalho cultural.
Conhecendo pouco sobre D. Geraldina Narciso, sabendo apenas o que estava escrito, então comecei, demorando dois meses para desenhar e colorizar no programa Photoshop (sendo design gráfico. Não sabia muito, na época, como colorir através de layers).
Terminadas as ilustrações, montamos o livro intitulado “D. Geraldina, baiana: exemplo de luta, esperança e fé”. Um mês depois lançamos a obra na “Semana da Consciência Negra”, com a presença de D. Geraldina que, ainda lucida, foi muito homenageada. Este trabalho, que tem a intenção de valorizar e trabalhar a Cultura Afro nas escolas e sociedade, foi muito importante. Afinal, há poucos livros no Brasil sobre tal assunto. Além disso, o preconceito ainda permanece em pleno século 21, pois são poucos os negros homenageados. É, como disse a escritora Noriko Kawabata, ainda bem que a homenageamos ainda viva, pois a maioria das pessoas são homenageadas depois que morrem.
Feito este livro, espero que as crianças e adultos em geral apreciem, sendo a obra vendida por um preço muito acessível e em papel de boa qualidade. Os interessando podem escrever para o e-mail: livrogeraldi-na@gmail.com ou acessar o blog www.livrogeraldina.blogspot.com). Agora resta à equipe inscrever o livro em editais do MEC, para que possa estar, quem sabe, nas escolas de todos os Estado difundido a cultura e ensinado.
Falando de livro, veio a notícia da semana passada de que vários livros de Literatura e Educação em geral foram jogados fora, em empresa de reciclagem. Puxa vida! Que tristeza! E pensar que há “escolas no Nordeste” que nem têm livros, crianças que têm sede de ler e que enfrentam longas estradas ou rios para estudar. Não podemos jogar livros fora, mesmos os mais antigos. Ou os preservamos ou enviamos à Biblioteca Nacional para restauração, já que lá é o lugar que mais se preserva livros. Além do mais, é o dinheiro dos impostos do povo que compram os livros. Só me resta lamentar e cobrar para que isso não aconteça mais.
— João Castelhano Filho, desenhista e pesquisador (Santa Cruz do Rio Pardo-SP)
Professora Noriko, então, homenageia D. Geraldina Maria da Gloria, de 111 anos, filha de ex-escravos, nascida em Rio Preto-MG, ainda viva e uma das moradoras mais antigas de nossa cidade — que já foi matéria do DEBATE em varias edições, através da competente repórter Thais Balielo.
Geraldina chegou a conhecer o coronel Tonico Lista. Sendo parteira, conheceu o Dr. Pedro Cesar Sampaio, de quem era amiga. Feito o esboço do livro pela professora Kawabata, ainda era preciso um ilustrador para a obra. Na época, eu estava fazendo minha exposição no espaço “Acácio Gonçalves”, até que o professor Furtado, vendo minhas pinturas, me chamou para este trabalho cultural.
Conhecendo pouco sobre D. Geraldina Narciso, sabendo apenas o que estava escrito, então comecei, demorando dois meses para desenhar e colorizar no programa Photoshop (sendo design gráfico. Não sabia muito, na época, como colorir através de layers).
Terminadas as ilustrações, montamos o livro intitulado “D. Geraldina, baiana: exemplo de luta, esperança e fé”. Um mês depois lançamos a obra na “Semana da Consciência Negra”, com a presença de D. Geraldina que, ainda lucida, foi muito homenageada. Este trabalho, que tem a intenção de valorizar e trabalhar a Cultura Afro nas escolas e sociedade, foi muito importante. Afinal, há poucos livros no Brasil sobre tal assunto. Além disso, o preconceito ainda permanece em pleno século 21, pois são poucos os negros homenageados. É, como disse a escritora Noriko Kawabata, ainda bem que a homenageamos ainda viva, pois a maioria das pessoas são homenageadas depois que morrem.
Feito este livro, espero que as crianças e adultos em geral apreciem, sendo a obra vendida por um preço muito acessível e em papel de boa qualidade. Os interessando podem escrever para o e-mail: livrogeraldi-na@gmail.com ou acessar o blog www.livrogeraldina.blogspot.com). Agora resta à equipe inscrever o livro em editais do MEC, para que possa estar, quem sabe, nas escolas de todos os Estado difundido a cultura e ensinado.
Falando de livro, veio a notícia da semana passada de que vários livros de Literatura e Educação em geral foram jogados fora, em empresa de reciclagem. Puxa vida! Que tristeza! E pensar que há “escolas no Nordeste” que nem têm livros, crianças que têm sede de ler e que enfrentam longas estradas ou rios para estudar. Não podemos jogar livros fora, mesmos os mais antigos. Ou os preservamos ou enviamos à Biblioteca Nacional para restauração, já que lá é o lugar que mais se preserva livros. Além do mais, é o dinheiro dos impostos do povo que compram os livros. Só me resta lamentar e cobrar para que isso não aconteça mais.
— João Castelhano Filho, desenhista e pesquisador (Santa Cruz do Rio Pardo-SP)
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Radio Difusora 1180, foi feito uma homenagem aos 111 anos de D. Geraldina
No dia 20/01/2011, dia do aniversário da cidade de Santa Cruz do Rio Pardo, 141 anos; a radio Difusora prestou uma linda homenagem à D. Geraldina com uma reportagem. E no dia 21/01/2011 também comentou sobre o livro no Programa Noel Junior, citando a D.Geraldina, a autora Noriko e o ilustrador John.
``A equipe de jornalismo da rádio Difusora foi até a casa de dona Geraldina que completou 111 anos no dia 20 de janeiro, dona Geraldina mora na rua Nego Maria no bairro da vila divinéia e conversou com o repórter Cássio Veloso.´´
Fonte: Radio Difusora 1180 AM http://www.difusorasantacruz.com.br/
http://equipedifusora.blogspot.com/2011/01/assista-materia-com-dona-geraldina-111.html
``A equipe de jornalismo da rádio Difusora foi até a casa de dona Geraldina que completou 111 anos no dia 20 de janeiro, dona Geraldina mora na rua Nego Maria no bairro da vila divinéia e conversou com o repórter Cássio Veloso.´´
Fonte: Radio Difusora 1180 AM http://www.difusorasantacruz.com.br/
http://equipedifusora.blogspot.com/2011/01/assista-materia-com-dona-geraldina-111.html
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
O livro é notícia no jornal Debate - Semana de 25/12/2010 a 02/01/2011
EDUCAÇÃO — Noriko Kawabata quis trabalhar personagem comum e fugir do tradicional Zumbi; livro fala de dona Geraldina como parteira e benzedeira
Ao trabalhar a cultura africana, a educadora Noriko Izumi Kawabata, do Centro Educacional do bairro Nagib Queiroz, percebeu que não existem heróis e personagens importantes negros na literatura infantil. Então, resolveu escrever um livro. Mas ela não queria um personagem como Zumbi. Queria alguém comum. Foi quando conheceu Geraldina Narciso, de 110 anos.
A história de “Baiana”, como é conhecida, empolgou Noriko. “Esta heroína não participou de nenhuma guerra, mas viveu uma grande história”, disse. Noriko explicou que quando surgiu a ideia de fazer um livro relacionado à cultura africana já pensava em encontrar uma pessoa anônima. “O objetivo era mostrar que a pessoa comum, levando uma vida honesta, com trabalho e a família, pode ter um destaque”, argumenta.
Noriko lamentou que muitos negros perderam sua identidade. Ela relatou que, em um trabalho na escola, pediu que os alunos desenhassem a si mesmos. “A maioria se desenhou com cabelo liso e pele clara, mesmo os negros”, conta. A educadora lembrou que para realizar um trabalho de resgate de auto-estima é preciso ter modelos.
“São poucas as ocasiões em que um negro é apresentado como personagem principal. As crianças não têm uma referência porque só veem na televisão o estereótipo do cabelo liso, pele branca, muito magro. O obeso, o oriental e o negro saem do padrão. Isso numa criança e adolescente é muito grave”, aponta.
Outro fator que incentivou Noriko a escrever o livro foi uma pesquisa feita entre os professores. “Perguntamos qual o personagem negro que lembravam da época escolar. A maioria respondeu Saci-Pererê e Negrinho do Pastoreiro. Um só faz arte e o outro apanhou até morrer”, lembra.
O livro foi impresso pela editora Viena e editado pela Canal 6. Noriko contou com a colaboração de Antiella Carrijjo Ramos e Cristiane Biazoti. As ilustrações ficaram a cargo de João Catelhano. A Acogelc (Associação Companhia de Ginga, Esporte, Lazer e Cultura) foi quem bancou a ideia. O retorno financeiro deve vir com a venda dos livros.
“Nossa intenção é que o livro seja aplicado com crianças e adolescentes. Esperamos que haja interesse da secretaria da Educação em adquirir. Queremos que esta história surta efeito nos jovens”, afirmou a escritora.
Geraldina utilizou os conhecimentos da mãe (ex-escrava) e atuou como benzedera e parteira. “São profissões que hoje não existem mais. Com esses papeis, ela foi uma líder comunitária. É isso que queríamos mostrar, que a história de uma pessoa anônima também tem voz”, afirmou.
Ilustrações — O artista plástico santa-cruzense João Catelhano foi convocado para fazer os desenhos do livro. Ele conta que concluiu os desenhos em 15 dias. Para colorir, demorou mais dois meses. Castelhano buscou inspiração no texto de Noriko e nas histórias que ouviu de Geraldina para criar as ilustrações.
A história de “Baiana”, como é conhecida, empolgou Noriko. “Esta heroína não participou de nenhuma guerra, mas viveu uma grande história”, disse. Noriko explicou que quando surgiu a ideia de fazer um livro relacionado à cultura africana já pensava em encontrar uma pessoa anônima. “O objetivo era mostrar que a pessoa comum, levando uma vida honesta, com trabalho e a família, pode ter um destaque”, argumenta.
Noriko lamentou que muitos negros perderam sua identidade. Ela relatou que, em um trabalho na escola, pediu que os alunos desenhassem a si mesmos. “A maioria se desenhou com cabelo liso e pele clara, mesmo os negros”, conta. A educadora lembrou que para realizar um trabalho de resgate de auto-estima é preciso ter modelos.
“São poucas as ocasiões em que um negro é apresentado como personagem principal. As crianças não têm uma referência porque só veem na televisão o estereótipo do cabelo liso, pele branca, muito magro. O obeso, o oriental e o negro saem do padrão. Isso numa criança e adolescente é muito grave”, aponta.
Outro fator que incentivou Noriko a escrever o livro foi uma pesquisa feita entre os professores. “Perguntamos qual o personagem negro que lembravam da época escolar. A maioria respondeu Saci-Pererê e Negrinho do Pastoreiro. Um só faz arte e o outro apanhou até morrer”, lembra.
O livro foi impresso pela editora Viena e editado pela Canal 6. Noriko contou com a colaboração de Antiella Carrijjo Ramos e Cristiane Biazoti. As ilustrações ficaram a cargo de João Catelhano. A Acogelc (Associação Companhia de Ginga, Esporte, Lazer e Cultura) foi quem bancou a ideia. O retorno financeiro deve vir com a venda dos livros.
“Nossa intenção é que o livro seja aplicado com crianças e adolescentes. Esperamos que haja interesse da secretaria da Educação em adquirir. Queremos que esta história surta efeito nos jovens”, afirmou a escritora.
Geraldina utilizou os conhecimentos da mãe (ex-escrava) e atuou como benzedera e parteira. “São profissões que hoje não existem mais. Com esses papeis, ela foi uma líder comunitária. É isso que queríamos mostrar, que a história de uma pessoa anônima também tem voz”, afirmou.
Ilustrações — O artista plástico santa-cruzense João Catelhano foi convocado para fazer os desenhos do livro. Ele conta que concluiu os desenhos em 15 dias. Para colorir, demorou mais dois meses. Castelhano buscou inspiração no texto de Noriko e nas histórias que ouviu de Geraldina para criar as ilustrações.
fonte: jornal DEBATE, retirado do site: http://www2.uol.com.br/debate/1551/cidade/cidade27.htm , acessado dia 21-01-2011
outra midia de Santa Cruz divulga o Livro: Santa Cruz na TV
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Mesmo na escravidão os laços afetivos permaneciam fortes.
Nesta passagem do livro podemos constatar que, mesmo sofrendo as mazelas da escravidão e depois da pobreza, a Geraldina manteve firme os laços afetivos e dá um belo exemplo de solidariedade e nobreza de caráter no que se refere à mãe.
“ Era triste! O cativo não tinha direto a nada, quando o capitão do mato pegava a laço , era prá matá e matava no pau e chicote. Minha mãe, Maria da Glória, sofreu dimais, por isso, quando eu era inda criança, nunca reclamei de trabalhá, pois queria que ela fosse poupada”.
Estes valores podem e devem ser cultivados pelos professores e pais em todo momento, principalmente utilizando exemplos.
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
D. Geraldina, benzedeira e parteira
Mesmo na sua simplicidade, esta senhora utilizando seus conhcimento sobre medicina popular que adquiriu como herança de sua mãe Maria da Glória, ex escrava em Minas Gerais auxiliou muitas pessoas pobres de sua comunidade sendo parteira e benzedeira.
O seu conhecimento como parteira teve o reconhecimento até de médicos da época , inclusive o famoso Dr. Pedro Cesar Sampaio, que diversas vezes a elogiou. ( ela nos relatou o fato na noite do lançamento).
Muitas pessoas também reconhecem que quando precisaram levar suas crianças para "benzer" sempre receberam: carinho e dedicação.
" Enquanto alguém manter o registro e lembrar os seus feitos, este alguém nunca cairá no esquecimento, pois a saudade e a lembrança são arquivos que nunca poderão ser apagados completamente"
John ( ilustrador) e Noriko ( escritora)
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Trecho do prefácio.
A proposta do livro.
A proposta é apresentar uma personagem real, que vivenciou muitas fases históricas do nosso país, pois a mãe ( Maria da Glória) foi escrava na sua infância e a Geraldina passou por todas as mudanças da sociedade brasileira e hoje bastante idosa, ainda tem a força e a alegria presentes na sua fala e atitudes.
As políticas públicas parecem pretender avançar neste campo da leitura e da literatura por meio da distribuição de livros. Cabe intensificar ações mais comprometidas com o enfrentamento do desafio que é trazer para a sala de aula o universo cultural e afro-brasileiro.
Mostrar o exemplo da fibra, coragem, trabalho e solidariedade de D. Geraldina, como um referencial para as novas gerações, permitindo uma reflexão a respeito do papel da mulher na sociedade, bem como o fato de que o trabalho do negro contribuiu de forma bastante forte para o fortalecimento econômico do país. Assim sendo, um motivo de orgulho para as gerações de afro descendentes, que conhecendo suas origens reforçam sua identidade e para os não descendentes ampliam sua cultura a respeito do tema.
Pretende-se também mostrar sua importância em sua comunidade, utilizando seus conhecimentos a cerca da medicina popular sendo benzedeira, e também como parteira auxiliando as mulheres no parto, tornando-se assim uma figura de liderança, de união e respeito.
Possiblitar também um trabalho sobre a história e a geografia do município de Santa Cruz do Rio Pardo, especialmente o surgimento e desenvolvimento da “Vila Divinéia”.
Mostar que mesmo as pessoas anônimas e humildes têm uma grande história pessoal, desde que se dê uma oportunidade de expressão de seus pensamentos e experiências.
Valorizar alguns valores éticos, tais como: companheirismo, solidariedade, humildade, trabalho e responsabilidade.
Pretende-se também fomentar discussões sobre o papel do negro na sociedade atual, fazendo uma contextualização entre o negro na época da escravidão e hoje “livre”, com poucas oportunidades de ascensão ecônomica e social. ( discussão a respeito do preconceito e da discriminação).
Noriko , Marcelo, John, Antiella e Cristiane
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
LIVRO D. GERALDINA, Baiana; Exemplo de Luta, Esperança e Fé.
A intenção da Acogelc e da equipe envolvida foi oferecer às crianças e adolescentes a oportunidade de conhecer esta heroína que viveu uma grande história e venceu a batalha contra o preconceito e a discriminação com trabalho, honestidade, irreverência e alegria. Hoje completamente lúcida possivelmente com 110 anos.
Interessados em adquirir o livro, entre em contato conosco no email : livrogeraldina@gmail.com
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